domingo, janeiro 02, 2011

Sobre a Arena Palestra

Foi no último dia 29 de dezembro que o antigo Palestra Itália perdeu mais uma dos suas marcas características: a marquise das cadeiras cobertas foi completamente retirada, em mais um estágio da demolição para a construção da Arena

A WTorre, parceira do Palmeiras, começa 2011 com a conta de R$ 50 milhões já gastos no projeto. Apesar das brigas políticas, do atraso de dois anos para o início da reforma e de um impasse no seguro, hoje a situação é irreversível.
Em quase três meses de obras, o ginásio principal do clube não existe mais, assim como o restaurante, a secretaria e as instalações que estavam abaixo das numeradas. Caminhões de concreto entram e saem do Palestra e perfurações já são feitas para levantar o prédio poliesportivo. São 120 homens da WTorre e da Desmontec, demolidora contratada da construtora, trabalhando diariamente no Verdão.
– Chegamos perto dos R$ 50 milhões gastos, desde que lançamos o projeto até hoje. Muita coisa encareceu, fizemos ajustes, mas depois que começamos a obra, estamos no cronograma. É irreversível, assim como são irreversíveis as vantagens que o Palmeiras terá com a Arena – disse Walter Torre, dono da construtora.
O orçamento inicial, de R$ 300 milhões, subiu para R$ 330 milhões. O investimento é da empresa, em parceria com o Banco do Brasil: retorno para um contrato de 30 anos com o Verdão na exploração da Arena.
A meta é entregar o novo estádio até abril de 2013, com o otimismo de antecipar o prazo em quatro meses.
Pelo cronograma, a estrutura da arquibancada menor, ao lado das antigas cadeiras cobertas, e de toda a reta das numeradas começará a ser demolida em 19 de janeiro, curiosamente a data da eleição no Verdão.
– A obra passou a ser irreversível para todo mundo. Não tem ninguém aqui que possa olhar e querer voltar para trás – comentou o diretor administrativo, José Cyrillo Júnior.
A imagem do antigo Palestra Itália está, cada vez mais, ficando só na memória e nos arquivos de fotos.
Refletores para iluminar o CT
As torres de iluminação do Palestra Itália já foram retiradas. O clube estuda a possibilidade de utilizar os refletores nos campos da Academia de Futebol. Metade do gramado do Palestra também foi retirado e doado para o Juventus. A outra parte deve ser entregue para a subprefeitura da Lapa.
Outros "restos" do estádio não foram aproveitados pelo clube, como as cadeiras das numeradas cobertas. Um comerciante acabou comprando os objetos de um depósito e os vendeu, por R$ 50 cada, a torcedores. O marketing do clube sofreu críticas internas.

Obras e cronograma
Já não existem mais
Ginásio principal, restaurante próximo à entrada da Rua Turiassu, secretaria e instalações abaixo das cadeiras, inclusive salão de troféus. Duas casas da Rua Padre Antônio Tomás, atrás do estádio, também foram demolidas para a reforma.
Prédio poliesportivo
Será construído no local do ginásio. As perfurações já estão sendo feitas para o estacamento. Previsão é a de que as estruturas comecem a ser levantadas no fim de março. Conclusão: em 14 meses, com custo de cerca de R$ 45 milhões.
Prédio administrativo
Será erguido no local onde hoje estão as quadras de tênis rápidas, na Avenida Francisco Matarazzo. Perfurações devem começar na semana que vem. Estruturas metálicas começarão a ser colocadas em 1 de março. Conclusão: em 12 meses, com custo de cerca de R$ 40 milhões.
Novo vestiário das piscinas
Já estão em obras, em fase de escavações. Previsão é a de que fique pronto em oito meses. É a única mudança do parque aquático, que não será mexido na obra.
Fonte:Lancenet

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