quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Brasileiros brilham, e Shakhtar dá ar da graça contra o Roma na Itália

No confronto que teve o idioma português como principal em campo, o Shakhtar Donetsk usou toda a sua força brasileira para surpreender o Roma em pleno estádio Olímpico e dar um grande passo para bater um novo recorde. Com gols de Jadson, Douglas Costa e Luiz Adriano, os ucranianos venceram os italianos por 3 a 2, nesta quarta-feira, no jogo de ida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões.

Para a partida de volta, no próximo dia 8, na Ucrânia, o Shakhtar pode até perder por 2 a 1 que irá garantir a vaga inédita nas quartas de final. Ao Roma, que decepcionou sua torcida e faz temporada abaixo da média, só uma atuação atípica poderia os salvar da eliminação - ou seja, vencer por dois gols de diferença ou 4 a 3, 5 a 4...

Seis brasileiros estavam em campo ao apito inicial do português Olegário Benquerença: dois do Roma (Doni e Taddei) e o quarteto ofensivo do Shakhtar (Douglas Costa, Jadson, Willian e Luiz Adriano). Juan, Fabio Simplício, Eduardo da Silva e Alex Teixeira começaram no banco. Adriano, lesionado, está no Rio de Janeiro recuperando-se da cirurgia no ombro. Os dois do time ucraniano entraram na etapa final.

Shakhtar ‘fala português’ e abre boa vantagem

Até o placar ser movimentado, aos 28 minutos, Roma e Shakhtar abusavam dos erros. Os ucranianos pareciam nervosos e não conseguiam atacar. Os italianos ocupavam o campo ofensivo, mas também encontravam dificuldades para furar o bloqueio.

A jogada aérea surgiu como boa alternativa. Aos 20, Totti cobrou escanteio na cabeça de Burdisso, que desperdiçou chance incrível. O gol veio oito minutos depois: Taddei cruzou do lado esquerdo da grande área e Perrotta surgiu de surpresa nas costas da zaga. A bola ainda desviou no peito de Rat antes de entrar.

Foi aí que brilhou o quarteto ofensivo brasileiro. A resposta foi imediata e em bom português. Primeiro, aos 29, com Jadson, recém convocado por Mano Menezes para o amistoso contra a França. Willian cruzou rasteiro, a zaga afastou mal e o ex-Atlético-PR pegou forte. Um desvio no meio do caminho matou Doni. O segundo saiu aos 36. Douglas Costa avançou com liberdade na intermediária, ajeitou o corpo e colocou no canto esquerdo, à meia altura.

Vucinic poderia ter empatado, aos 40, quando cortou o marcador e quase anotou um belo gol. Mas o futebol é cruel. No lance seguinte, Riise se desequilibrou sozinho na lateral, Douglas Costa aproveitou e rolou para Luiz Adriano, que não perdoou: 3 a 1. O ex-colorado ainda quase fez o quarto, aos 45, mas errou na força para encobrir Doni.

Roma melhora, mas não consegue o empate

O virtual campeão ucraniano voltou dedicado aos contra-ataques. Alguns foram perigosos, como o de Luiz Adriano, aos 24 minutos, quando dividiu com Doni em duas oportunidades até o goleiro afastar o perigo.

O desespero por um resultado, no entanto, fez o Roma jogar melhor na etapa final. Menez deu o sinal aos 14 de que poderia incomodar ao chutar por cima após bom passe de Totti. Foi dele o gol no minuto seguinte. O francês carimbou o pé e, de fora da área, acertou o ângulo de Pyatov.

O Roma ameaçou uma pressão e teve outras boas chances, com Castellini, Totti e Borriello, mas não conseguiu encontrar um alento. Só uma grande atuação na Ucrânia, no próximo dia 8, pode salvar os italianos da eliminação.

- Fizemos um ótimo jogo. Nosso time mostrou maturidade e mesmo fora de casa teve mais posse de bola. Soubemos atacar na hora certa e poderíamos até ter feito o quarto gol, mas estamos muito satisfeitos com o resultado - disse o meia Willian.

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