sábado, fevereiro 19, 2011

Sério como antes, Muricy se prepara para mais uma decisão

A proximidade da semifinal da Taça Guanabara, neste sábado, contra o Boavista, às 17h (de Brasília), no Engenhão, fez com que Muricy Ramalho deixasse de lado por um dia o bom humor que se fez presente em grande parte de sua temporada carioca e relembrasse os tempos de São Paulo. Sério e com poucas palavras, o treinador do Fluminense atendeu os jornalistas na tarde desta sexta, nas Laranjeiras, tirou dúvidas sobre a escalação tricolor, elogiou a equipe de Saquarema e deixou a sala de imprensa sem sorrir.

A primeira pergunta foi sobre o aproveitamento, ou não, de Leandro Euzébio. Recuperado de uma torção no tornozelo esquerdo, o zagueiro participou dos últimos dois dias de treinamentos, mas ficou fora das atividades por dez e ainda não inspira total confiança no treinador. Durante a concentração, uma nova avaliação será feita para saber se o titular retorna ao lado de Gum ou se Digão segue entre os titulares.

- O Leandro treinou bem, sentiu pouca coisa, mas sabemos que temos que ter um pouco de cautela. Ele teve uma contusão séria e pode ser que no dia seguinte sinta alguma coisa. Está relacionado, concentrado, e se estiver bom joga - disse.

Já em relação à entrada de Marquinho no lugar de Souza, Muricy foi mais incisivo e voltou a ressaltar que em sua equipe joga quem vive um melhor momento, independentemente da “grife”:

- A opção é minha sempre. O Marquinho entrou bem nos jogos, e sou do tipo de treinador que tem essa filosofia: se entrar bem, não importa quem seja, vai ter a oportunidade de jogar. É o normal.

O tom da resposta sobre a troca de Ricardo Berna por Diego Cavalieri foi o mesmo:

- Não tenho obrigação com empresário nem com ninguém. O que é melhor para o time, eu faço. É assim que eu trabalho.

Técnico tricolor diz que Boavista cresceu depois da vitória sobre o Vasco

Muricy Ramalho aproveitou para elogiar também o adversário. Único pequeno entre os semifinalistas, o Boavista chamou a atenção do comandante tricolor pelo entrosamento e a organização tática.

- Há vários jogadores que vieram do Duque de Caxias. Em campeonato curto é importante encaixar o time, e foi o que aconteceu. Depois da vitória sobre o Vasco, eles cresceram. A equipe é organizada e é difícil ganhar deles - analisou.

Informado de que o Flu não conquista a Taça Guanabara há 18 anos, o treinador relembrou a conquista do Brasileirão de 2010 para provar que tabus não entram em campo e garantiu que os profissionais sequer pensam neste tipo de estatística:

- Não sabia disso aí. Mas fazia 26 anos que não era campeão brasileiro e ganhou. Faz parte da história, mas se perguntar a qualquer jogador ele não sabe disso. Temos que ganhar porque estamos aqui para isso. Do que passou, não tomamos conhecimento. Só faz parte da história.

Quem levar o melhor no confronto deste sábado, entre o Fluminense e Boavista, encara Flamengo ou Botafogo, que se encaram domingo, na decisão da Taça Guanabara.

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