sábado, junho 18, 2011

No final do jogo, Jobson da vitória ao Bahia e coloca Flu em uma situação desconfortável

Na reestreia de Abel Braga diante da torcida tricolor, o Fluminense mostrou a mesma falta de padrão e insegurança que se repete desde o início da temporada. Melhor para o Bahia, que teve Jobson inspirado, principalmente na etapa final. Depois de esbarrar algumas vezes na boa atuação do goleiro Diego Cavalieri, o atacante marcou o gol da vitória por 1 a 0 aos 47 minutos do segundo tempo, em contra-ataque fulminante. Um gol que contrasta com o momento delicado do destaque da partida. Na próxima terça-feira, Jobson será julgado na Suíça pelo seu caso de doping em 2009, quando ainda pertencia ao Botafogo. Um drama que começou justamente no Engenhão, palco da boa atuação deste sábado.

A apreensão de Jobson com o julgamento, o que pode significar o fim de sua trajetória no futebol, é parecida com o pânico que tomou conta da torcida do Fluminense durante a maior parte do jogo. Muitos jogadores foram vaiados, mostrando que o time vai ter de suar muito a camisa para reconquistar o apoio da arquibancada.

O Fluminense não perdia para o Bahia em Campeonatos Brasileiros há 21 anos (ou 11 jogos). A última vitória baiana havia contecido no dia 04/10/90: 4 a 1 nas Laranjeiras. Já o Bahia não vencia pela Série A desde o dia 30/11/2003, quando bateu o Corinthians por 2 a 1.

O time de Abel Braga volta a entrar em campo no próximo domingo, às 16h, contra o Avaí, na Ressacada. Já o Bahia enfrenta no próximo sábado, às 18h30m, o Atlético-PR, na Arena da Baixada.

Primeiro tempo de poucas chances

Com uma escalação ofensiva, o Bahia começou com mais ímpeto. Logo no início, Souza se machucou. Em seu lugar entrou o estreante Junior, que possui as mesmas características de referência na área, o que manteve a estrutura tática armada por René Simões. E foi justamente do atacante a primeira grande chance da partida. Carlos Alberto, que fez sua primeira partida desde que chegou ao time, colocou a bola entre o trio de zagueiros do Fluminense e obrigou Diego Cavalieri a fazer grande defesa no chute de Junior.

Pelo lado do Tricolor Carioca, outros dois estreantes da noite tiveram atuações muito discretas. Marcio Rosário mostrou certa insegurança na zaga, tendo de receber apoio dos outros dois companheiros de setor: Gum e Edinho. Já lá na frente, Ciro lutou, buscou jogo, mas não produziu praticamente nenhuma jogada de perigo.

O primeiro grande lance do Fluminense foi de Fred. Em jogada de bola parada, o camisa 9, que estava apagado na partida, subiu para cabecear. Mas antes da grande defesa de Marcelo Lomba, o árbitro já havia assinalado falta.

Com o passar do tempo, o Bahia foi se fechando na defesa e tentava aproveitar os contra-ataques. Carlos Alberto, mostrando muita vontade e a habilidade de sempre (assim como sua vocação para fazer faltas e receber cartões), chegou a criar algumas jogadas, mas nenhuma delas representou grande perigo. Enquanto isso, o Fluminense tentava em trocas de passe entre Souza e Conca chegar ao ataque. Nestas tentativas, conseguiu duas faltas na entrada da área. Mas ao invés de cobrar direto, o time resolveu arriscar jogadas ensaiadas que foram treinadas nas Laranjeiras. Se no treino funcionou, no jogo não chegou nem perto disso. Numa delas, Fred chutou de costas e ouviu reclamações do público. Pouco antes, Carlinhos driblou Jancarlos na área e desmoronou quando o lateral deu carrinho. O árbitro mandou o jogo seguir.

Com Jobson inspirado, Bahia cresce na etapa final

O cenário inicial do primeiro tempo se repetiu na etapa final. Mostrando mais vontade e organização, o Bahia partiu para cima novamente comandado por Carlos Alberto. O camisa 19 procurava sempre as tabelas com Jobson, que mostrou a costumeira habilidade, deixando sempre os zagueiros do Fluminense em estado de alerta.

A pressão existia, mas foi justamente nestes momentos que apareceu Diego Cavalieri. O goleiro, que recuperou na noite deste sábado a condição de titular no lugar de Ricardo Berna, mostrou muita segurança todas as vezes em que foi exigido. Em especial, após cobrança de falta do lateral-direito Jancarlos, revelado em Xerém. A defesa foi feita em dois tempos, mas a torcida tricolor sentiu confiança no goleiro, um dos raros poupados das vaias.

Acuado, o Fluminense assustou apenas em lances isolados. Foram dois chutes perigosos de longa distância. O primeiro com Marquinho, que entrou no lugar de Carlinhos e ocupou a ala esquerda. Marcelo Lomba fez grande defesa. O segundo com Souza. Neste, o goleiro viu a bola explodir na trave e sobrar para Conca quase abrir o placar. A falta de chances deixou claro que Abel Braga, que fez seu primeiro jogo diante da torcida tricolor desde que voltou, ainda não conseguiu colocar um padrão de jogo no time do Fluminense.

No fim, quase todos os comandados de Abel foram ao ataque em busca do gol salvador. Melhor para Jobson, que recebeu livre no contra-ataque, deixou Mariano no chão, tabelou com Ávine e marcou com categoria. Desta vez, Cavalieri nada podia fazer.

0 comentários:

Postar um comentário